Prevenir é melhor do que remediar

Ontem a turma de zumba do professor Cidinho recebeu as alunas de fisioterapia da Faculdade Serra Dourada (Lorena) e a enfermeira Letícia, para aprenderem um pouco mais sobre o processo de prevenção do prolapso genital que atinge as mulheres.

A atividade teve como objetivo trabalhar o processo de prevenção e tratamento do prolapso genital em mulheres, dar visibilidade a essa disfunção pélvica e incluir as mulheres que sofrem/sofreram com essa disfunção a um grupo para a promoção da saúde coletiva.

O assoalho pélvico é uma rede de músculos, ligamentos e tecido conjuntivo que funcionam como uma rede de sustentação para os órgãos da pelve: bexiga, útero, reto, vagina e uretra, que pode se enfraquecer com a perda gradual das funções. O enfraquecimento dessa rede, que foi laceada ou danificada, resulta no prolapso dos órgãos pélvicos, também chamado de “bexiga caída”, uma herniação ou declínio anatômico de órgãos pélvicos femininos devido a perda de suporte fornecido pelos músculos desse assoalho, fazendo com que eles se projetem para dentro da vagina, formando um abaulamento.

Existem tipos de prolapso, sendo os principais; a cistocele (prolapso de bexiga), quando a bexiga perde a sustentação e forma um abaulamento na região da vagina; a retocele / enterocele (prolapso de intestino), quando o intestino perde a sustentação e forma um abaulamento na região da vagina; o prolapso de útero, quando o útero perde a sustentação e pode-se notar seu descenso pela vagina, e a rotura de períneo, que apesar de não ser um prolapso propriamente dito é uma condição comumente associada ao prolapso por gerar um enfraquecimento de um dos pontos de sustentação dos órgãos da pelve.

As causas prolapso genital podem se dar por aumento de pressão intra-abdominal (gravidez, obesidade, tosse crônica, obstipação crônica, exercícios físicos intensos ou sem orientação adequada), trauma (parto vaginal, normal ou fórcipe, ou acidente com lesão de períneo ou até cirurgias prévias como histerectomia), conforme a idade avança e especialmente após os 60 anos, e deficiência de colágeno (genético, tabagismo, menopausa).

Geralmente, nos estados iniciais do enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico, o paciente pode não apresentar sintomas. No entanto, conforme o quadro piora, o paciente pode sentir uma sensação de peso ou de incômodo na região do ventre, além de dor que piora ao fazer exercícios; sensação de estar com algo entre as pernas ou mesmo sentado em uma bola; dor na base das costas; sangramento vaginal; dores ao ter relações sexuais; tenesmo (urgência em evacuar); dificuldade para evacuar ou incontinência urinária; vontade frequente de ir ao banheiro, mesmo sem eliminar nada.